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O ENSINO DO REIKI

O Ensino do Reiki



O aluno que recebeu o Reiki I, II e III — como nos cursos intensivos que dou nos fins de semana — pode sentir-se sobrecarregado. Antes de começar a ensinar (ou antes que você entre em pânico), é necessário que você explique a ele a iniciação e fale sobre a energia. Se o aluno recebeu o Reiki I na sexta-feira e o Reiki III no domingo, ele não estará pronto para ensinar. Ele precisará primeiro aprender e praticar o Reiki em si mesmo, antes de transmiti-lo a outras pessoas. Acredito que levará várias semanas, ou mesmo meses, depois do curso, até que o aluno esteja apto a fazer a iniciação de outras pessoas. Alguém que tenha esperado um certo tempo entre um grau e outro poderá requerer menos tempo de preparo para começar a ensinar. Isso varia de pessoa para pessoa; cada um conhece suas limitações e necessidades. Não existe uma regra nem um tempo determinado e rígido para isso.
De você recebeu os três graus num curso intensivo, a primeira providência é aprender o Reiki I. Pratique diariamente a autocura pela imposição das mãos e faça tantas sessões diretamente com outras pessoas quanto for possível. Recomendo aos meus alunos que ministrem a autocura diária pelo menos no primeiro mês depois de receberem o Reiki I, e três sessões completas com outras pessoas por semana. Por ora, esqueça os Reiki II e III. Quando estiver completamente familiarizado com o Reiki I e tiver experiência com a cura direta, passe para o Reiki II. Novamente, o tempo varia de pessoa para pessoa. Então, passe para o Reiki II, mas só quando se sentir pronto.
Faça meditações noturnas e comece a cura a distância. Adicione os símbolos do Reiki nas sessões diretas e a distância, mas antes memorize-os cuidadosamente. Quando eu os aprendi, preguei-os sobre a mesa de jantar e os estudava enquanto fazia as refeições. Primeiro, envie os símbolos mentalmente nas curas direta e a distância, então visualize-se desenhando-os. Todas as linhas devem ser bem feitas, na seqüência correta. Por último, desenhe-os no papel sem copiá-los. Gaste o tempo que for necessário até se sentir seguro com o Reiki II.
Em seguida, faça diariamente os exercícios do Ki por trinta minutos. Passe pelo menos algumas semanas fazendo experiências com a Órbita Microcósmica e com o Primeiro Exercício do Ki. Essas são práticas fundamentais por si mesmas. Comece exercitando a posição Hui Yin, e vá aumentando o tempo à medida que consegue mante-la. Pode demorar algumas semanas até que você consiga manter a posição o tempo necessário para realizar uma iniciação. Aprenda a perceber a sensação do Ki movendo-se pelo seu corpo e a mudança dessa sensação com exercícios diferentes.
Então, já familiarizado com os exercícios acima citados, é hora de acrescentar o Reiki III. Comece com os símbolos do Terceiro Grau; em primeiro lugar, escolha a versão do Dai-Ko-Myo que mais lhe agrade. Tentar usá-los na cura a distância é uma maneira de testá-los. Ignore, por ora, quaisquer símbolos que não sejam do Reiki, pois eles não são importantes. Deixe também para depois os símbolos pessoais. Acrescente o Dai-Ko-Myo à cura direta e à cura a distância, e procure sentir seu efeito. Quando estiver completamente familiarizado com a cura direta e com a cura a distância, com os cinco símbolos do Reiki e com os exercícios de Ki, é hora de começar a trabalhar com a energia do ensinamento do Reiki III.
Aprenda a usar o processo iniciático e pratique-o sempre que possível. Se você aprendeu o Reiki com um grupo de pessoas, é melhor que vocês o pratiquem juntos e que ministrem a cura uns nos outros. Compartilhar o Reiki é maravilhoso para a cura e pode ser executado facilmente ao praticar as iniciações. Quando o grupo fizer iniciações uns nos outros repetidas vezes, não espere pelas altas cargas energéticas que recebeu nas primeiras iniciações. Você provavelmente ainda sentirá o fluxo de energia, especialmente se trabalhar com os exercícios do Ki, que o tornarão sensível a isso. Você passará a ver os símbolos à medida que eles forem ensinados.
Quando você se sentir seguro com a prática do Reiki nos três níveis, então estará pronto para ensinar. Comece com uma pessoa, de preferência um membro da família, e lhe dê o Reiki I. Dê o Reiki I a outras pessoas individualmente, e talvez a um pequeno grupo com menos de cinco pessoas, antes de anunciar um curso. As infor¬mações sobre o que ensinar são discutidas neste capítulo. Quando sua capacidade de realizar iniciações aumentar o suficiente para usá-la em grupos maiores, e você se sentir completamente seguro com o Reiki I, tente o Reiki II. Novamente, comece com um pequeno grupo de amigos antes de anunciar um curso. Aprenda a lidar com a energia de cada grau antes de passar para o próximo nível.
Recomendo que dêem vários cursos de Reiki I antes de começar a ensinar o Reiki II, e que dêem cursos de Reiki II antes de começar a ensinar o Reiki III. Neste capítulo, descrevo o que ensinar em cada um dos três graus. O processo de ensino treina o Mestre / Instrutor. Este também aprende enquanto trabalha os métodos de cura de cada um desses graus. Comece a ensinar o Reiki III individualmente, em vez de em grupos, e dê aos seus alunos a oportunidade de assistir às suas aulas do Primeiro e Segundo Graus, se desejarem. É preciso que se tenha alguma experiência com o Reiki I e II para que se possa ensinar o Reiki III. Não há necessidade de se apressar. Espere até que se sinta seguro em cada grau.
Todo novo iniciado em Reiki III desenvolve seus próprios métodos de ensino. Isso é desencorajado no Reiki Tradicional, em que todos os graus são rigidamente definidos. Nos grupos de Reiki Tradicional, as capacidades psíquicas não são ensi¬nadas, e é dada pouca ou nenhuma explicação de como ou por que o método Tra¬dicional funciona. Os guias espirituais e os guias do Reiki não são mencionados, tampouco vidas passadas e a cura dos traumas nesta vida. Não há símbolos alternativos nem Ponto Estacionário.
Cada Mestre tem suas próprias necessidades. Descubra quais as condições de que você precisa para ensinar o Reiki, e siga-as como for possível. Cuidar de si mesmo o ajudará a ensinar com mais freqüência e a sentir prazer nisso. O ensinamento sempre será interessante, não importa quantas vezes você repita as mesmas aulas. Ensinar o Reiki é um acontecimento e uma bênção para o resto da vida. Não há necessidade de acelerar o processo de aprendizagem, nem de se cansar com ele.
Use roupas leves. Você sentirá muito calor durante a iniciação e algum tempo depois; posteriormente, terá vontade de se agasalhar de novo. Jaquetas e roupas fáceis de tirar são úteis. Qualquer coisa que tolha o movimento das mãos e dos braços causará aborrecimento durante a iniciação. Pulseiras também incomodam. Tenho roupas que só uso em seminários.
Normalmente não forneço certificados, exceto para o Reiki III. Entretanto, se pedirem para os outros graus, eles recebem. Às vezes, durante cursos de fins de semana, os responsáveis preparam certificados para todos os graus, e eu os assino. Não dou muito valor a credenciais — um papel assinado não faz um Mestre em Reiki e, sim, a capacidade de curar e de ensinar. Assim como no Reiki I e II, é a capacidade de curar que faz o agente de cura.

Alguns instrutores Tradicionais aceitam meus certificados e outros não. À medida que mais alunos meus se tornam Mestres / Instrutores, há mais cursos sobre os três graus em um número maior de lugares. Continuo a oferecê-los na medida do possível durante as minhas viagens e durante os festivais. Peço aos meus instrutores de Reiki III para levar a sério o ensino, e muitos deles fazem isso.
'Em círculos Tradicionais, o certificado e a linhagem tornaram-se símbolo de status. A cura não é o principal, o diploma, sim. Certa vez, fui a um Encontro de Reiki Tradicional. Muitas pessoas eram ricas, todas eram Reiki I e algumas Reiki II. O status das pessoas do Reiki II era claramente mais elevado e elas agiam de acordo com ele. Praticavam a cura umas nas outras como um evento social, mas, quando eu disse que trabalhava com problemas como a AIDS, todas se afastaram de mim e me deixaram sentado sozinho no sofá. Um certificado não faz um curador; curador é aquele que realmente faz curas.
Entretanto, neste mundo ávido de status, certificados fazem sentido para muitas pessoas; se alguém os quiser, eu os tenho para dar. Às vezes, eles ajudam a levar as pessoas para as sessões de cura com o Reiki, que de outra maneira não apreciariam nem compreenderiam o ensinamento. Para muitas pessoas, um diploma significa autoridade, e é isso o que elas aprenderam a respeitar. Mestres em Reiki Tradicional pedem para os alunos apresentarem seus certificados de Reiki I antes de aceitá-los para um curso de Reiki II, mas o certificado não garante que a pessoa tenha aprendido o conteúdo do grau.
A maioria dos instrutores Tradicionais fornece certificados em seus cursos; eu não tenho nada contra isso. Uma sugestão para os que os fornecem e a de que pro¬duzam seus próprios certificados no computador em vez de comprá-los, pois custam muito caro. Dessa forma, podem-se tirar cópias em papel especial e pagar-se muito menos. Isso tudo pode ser feito em casas de xerox, se você não souber fazer no seu computador. Será mais compensador se você dá cursos frequentemente, embora possa parecer que sai mais caro.
A seguir dou uma lista específica sobre o que deve ser ensinado nos cursos de Reiki I, II e III. Cada grau requer uma iniciação, e o Mestre precisa de uma série de apostilas para distribuir aos alunos. (Casas de xerox faturam muito com a ajuda dos Mestres em Reiki...) Meus alunos têm permissão para fazer cópias de minhas apostilas a firn de distribuir em seus cursos, desde que identifiquem a fonte do material (ver apêndice). À medida que novos Mestres ganham experiência, em geral eles desen¬volvem suas apostilas. O que se segue é apenas um resumo; este livro é um guia de ensino. A melhor forma de saber o que ensinar em cada grau é lembrar-se do que aprendeu quando passou pelo curso e do que foi melhor para você.
Gosto de começar andando pela sala, perguntando o nome das pessoas e que experiências anteriores tiveram com a cura. Isso deve ser rápido; você pode precisar interromper alguém que queira contar toda a sua biografia. Isso dá ao Mestre uma idéia do nível do grupo. Para alguém que nunca teve experiência com a cura nem outra forma energética de trabalho, o Reiki é uma boa maneira de começar. Para quem usa outros métodos — a massagem, por exemplo — o Reiki é um complemento ao seu trabalho. Em seguida, começo dizendo por que ensino o Reiki, em vez de usar outro método de cura. Digo ao grupo que, no final da tarde, serão curadores competentes e não precisarão mais de um instrutor para o Reiki I.
Em seguida, dê uma breve definição do que é o Reiki e o que este faz, contando a história desse sistema de cura. Em geral, isso leva vinte minutos. Descreva os três graus. Alguém vai querer saber o que é uma iniciação — defina da melhor maneira possível. Em geral, digo que é algo que precisa ser vivido e não pode ser definido adequadamente. Todas as pessoas que tiveram experiências com a cura Reiki têm histórias para contar. Conte a sua história e a classe pode ter algo a acrescentar. Se alguém no grupo já passou por uma cura com o Reiki ou tem o Reiki I, peca-lhe que conte como foi. Se ele ja passou por alguma iniciação, peça-lhe que conte como o Reiki mudou sua vida. Fale sobre os princípios do Reiki. Você pode achar conve¬niente tê-los numa apostila.
Depois do intervalo, faça as iniciações. Diga aos alunos que precisa de silêncio e que trabalhará com grupos de cinco pessoas (ou com quantas decidir). Mostre-lhes como manter as mãos na posição de oração e diga-lhes que, à medida que um grupo se levanta, as cinco pessoas do próximo grupo devem se sentar rapidamente. Realizar iniciações para um grupo de 25 pessoas leva pelo menos 45 minutos mesmo que você trabalhe rapidamente. Mantenha-se em movimento, fazendo iniciações conti¬nuamente. Ao final de cada grupo, diga-lhes que terminou e que podem se levantar.
Quando cada grupo acabar e todos se levantarem das cadeiras, diga-lhes que ponham as mãos em alguém do grupo, mantendo-as nessa posição por vários minutos. Assim, saberão quando a energia se movimentou por elas, quando começa a fluir pelas mãos e quando as palmas das mãos começam a esquentar. As pessoas podem tocar os ombros ou as costas de alguém, ou onde quer que a pessoa que recebe a energia queira. Depois disso, devem começar a cura de si mesmos. Isso as manterá ocupadas enquanto você realiza a iniciação com as outras pessoas.
Depois de todos terem recebido a iniciação, pergunte se alguém quer falar sobre a experiência. Não se demore muito nisso, apenas consiga algumas respostas. Per¬gunte se alguma pessoa do grupo deixou de ter algum tipo de sensação. Se alguém se manifestar, pegue em suas mãos e, se estiverem quentes, não é necessário fazer mais nada. Entretanto, se precisar de mais ajuda, espere até que as outras comecem a praticar a cura para conversar em particular. Às vezes, alguém reage liberando energias negativas e desagradáveis, ou mesmo sentindo-se desequilibrado ou fora de si, ou ainda desconfortavelmente quente. Ponha essas pessoas para curar outras ime¬diatamente. Essa é a melhor maneira de equilibrar a energia delas." Também uso essências florais para ajudá-las. Os florais de Bach tradicionais — Rescue, Clematis, Perelandra's Grus, Aachen Rose ou Oregold Rose — são ótimos para isso. Essas sensações passam em poucos minutos, em particular quando os alunos começam a trazer a energia através das mãos.
Depois de ter demonstrado as posições na região antero-posterior do corpo, e de todos as terem compreendido sem mais perguntas, demonstre uma cura em grupo. Sempre procuro deixar isso para mais tarde. Faça a demonstração depois de as pessoas terem formado pares. Esse é o melhor momento. Usando um novo modelo, leve várias pessoas para a frente do grupo a fim de demonstrá-lo. Fale sobre as Partilhas do Reiki. Se alguém se interessar em planejar uma Partilha, encoraje-o. Se o curso for na sua cidade natal, você pode tomar a iniciativa, organizando a primeira.
Faça com que as pessoas formem pares a fim de praticar a cura umas nas outras. Cada aluno deve dar e receber uma sessão de cura, mesmo que haja pouco tempo ou muitos alunos na turma. Sessões individuais são importantes e devem ser efetuadas sempre que possível. Diga à classe que, se alguém continuar a ter sensações desa¬gradáveis, praticar a cura e a solução. Esclareça que as sensações não fazem mal; fale sobre os sintomas e as desintoxicações. A cura em duplas toma quase a metade do tempo dedicado ao curso, e é muito importante. Ela traz a energia da iniciação através do toque e torna o sistema de cura uma realidade. É essa sessão depois da iniciação que os torna agentes de cura Reiki I.
Disponha-se a responder às perguntas, mas desse momento em diante não há muito mais coisas para ensinar. Se todos já formaram duplas, junte-se a eles para dar e receber a cura. Isso ajuda o Mestre a liberar a energia da iniciação, fazendo com que se sinta muito bem. Muitos curadores não têm quem lhes ministre a cura e eles precisam dela tanto quanto qualquer outra pessoa. Se houver tempo, faça no final do curso algumas curas em grupo. De agora em diante, sua ajuda não será necessária, seus alunos podem agir por conta própria. Reserve cerca de cinco horas para o Reiki I e mais um intervalo para o almoço. Em geral, prefiro o período da tarde ou da noite, pois os intervalos para refeições exigem muito tempo.
Nas apostilas de Reiki I constam as posições das mãos para a autocura e para a cura direta. Às vezes, podem ter os princípios do Reiki e informações sobre a fonte emocional das doenças. A ética do Reiki I envolve a cura com permissão da pessoa que recebe a energia de cura. Essa é a estrutura do curso do Reiki I; acrescente outras informações que considerar necessárias.


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