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COMO REALIZAR A INICIAÇÃO

No começo dos ensinamentos sobre o Reiki I, os alunos em geral perguntam o que é uma iniciação. Digo-lhes que só posso descrever o processo como sendo um milagre e, se depois de a terem recebido puderem dar uma definição mais clara, eu quero ouvi-la. Até hoje ninguém que tenha passado por uma iniciação, ou tenha realizado uma iniciação para alguém, deu uma definição precisa. A iniciação tem de ser vivida — não pode ser descrita racionalmente ( ela é comandada pelo hemisfério esquerdo do cérebro). Ninguém sabe por que ou como a iniciação em Reiki funciona, ou por que a combinação das mãos, da respiração e do controle da Kundalini tem um efeito tão profundo. Os que já receberam iniciações em Reiki sabem que sua vida se altera profundamente. As iniciações são um ponto alto na vida de muitas pessoas, e a maioria de nós, que já passamos por elas, fica completamente deslum­brada durante o processo.
A diferença entre o Reiki e outros sistemas de cura pela imposição das mãos é a iniciação. Outros sistemas podem usar a imposição das mãos sobre os chakras e trabalhar com a energia do Ki, mas só o Reiki tem o benefício extraordinário da iniciação. Em métodos não-Tradicionais, a mesma ini­ciação combinada é usada uma única vez para cada um dos três graus, uma única iniciação suficientemente eficaz para substituir vários processos. Ambas as formas funcionam muito bem. A aceitação de ambas as formas de iniciação torna o agente de cura mais versátil.
As iniciações em Reiki abrem e expandem o Ki, mantêm a capacidade da Linha do Hara e eliminam os bloqueios dos canais energéticos, além de equilibrar e iluminar os chakras da Linha do Hara e do duplo etérico. Durante uma iniciação, o Ki Celeste, carregando os cinco símbolos do Reiki, desloca-se do chakra da coroa para o do coração do receptor. O Ki Terrestre é absorvido pelas pernas e pêlos chakras infe­riores, sendo levado do Hara ao chakra do coração. O suprimento de Ki Original é restabelecido no Hara, e qualquer bloqueio ao uso da energia se desfaz. Tudo isso ocorre em poucos minutos.
A iniciação é uma forma de pagamento kármico. Durante o processo, o karma é retirado do receptor como pagamento por se tornar um curador. Isso ocorre quando o Mestre / Instrutor permanece num nível energético muito elevado durante a iniciação, o que também eleva o nível do Ki no receptor. A ocorrência é automática, sem a intenção ou interferência do Mestre, apenas fluindo através dele. O ego não é envol­vido. O Mestre simplesmente faz os movimentos físicos, e tudo o mais se segue.
O processo iniciático pode ser considerado hoje uma das coisas mais sagradas na Terra. Desde o momento da iniciação, um novo curador é criado — ou melhor, despertado. A capacidade de curar faz parte do código genético humano impresso no nosso DNA. A iniciação Reiki acende uma luz numa casa escura, reativando dons que um dia foram universais, mas que hoje estão praticamente esquecidos. O Reiki é uma das maiores forças deste planeta na evolução das pessoas. As iniciações curam o nosso DNA, ligando-nos novamente à "Luz" da informação que foi perdida pêlos habitantes da Terra.
Ao receber a iniciação em Reiki, cada pessoa tem uma experiência diferente. Ela pode ver cores, ter sensações estranhas, visualizar a imagem de si mesma em vidas passadas ou entrar em contato com espíritos-guias, ou encher-se de felicidade e alegria. Algumas pessoas choram ou tremem. Outras dizem que não sentiram nada, mas apresentam as faces coradas e um largo sorriso. A abertura para a energia é evidente ao se olhar para elas. A maioria das pessoas sente imediatamente as mãos quentes, o que é típico do curador Reiki, embora algumas possam levar mais tempo até manifestarem o calor nas mãos, à medida que as utilizarem na cura. Tenho sentido as mãos quentes até mesmo fazendo a iniciação com crianças, ou mesmo quando os símbolos não são colocados diretamente nas mãos delas.
O Mestre, ao fazer a iniciação, sempre sente algo diferente, mas em geral o sentimento é de uma alegria intensa. O processo transforma o corpo num pára-raios. A energia do Ki primeiro se movimenta no corpo do Mestre / Instrutor, para depois ser transmitida ao aluno. Este é um processo fisicamente cansativo, que exige o controle da respiração e a capacidade de manter a posição Hui Yin por longo perío­do. Não há tempo para se pensar durante a iniciação, só para movimentar a ener­gia pelo corpo. Não há outras considerações além dos movimentos físicos; a energia toma conta de si própria.
A iniciação é uma experiência que envolve a Kundalini, atinge os níveis do Hara e do duplo etérico. Ajit Mookerjee em Kundalini: O Despertar da Energia Interna, descreve a ascensão da Kundalini como uma "explosão de calor, que passa como uma corrente através do Sushumna".

Algumas das sensações são descritas:
Ouvem-se sons, internamente, parecidos com uma queda-d'água, o zumbir das abelhas, o soar de um sino, uma flauta, e assim por diante. A cabeça pode começar a girar e a boca a se encher de saliva, mas o iogue vai além, até que consiga ouvir o mais interno, o mais sutil... os sons... O iogue visualiza uma variedade de formas, como pontos de luz, labaredas, formas geométricas que, no estado final de iluminação, se dissolvem em radiância interior de brilho in­tenso e pura luz.
Isso dá uma indicação do que sente o Mestre ao realizar as iniciações em Reiki.
É a posição Hui Yin, com a língua colocada no céu da boca, que faz o Ki subir pela Linha Central do Hara. O Ki Celeste entra pelo chakra da coroa no corpo do Mestre, e o Ki Terrestre, pêlos chakras dos pés. Quando a posição Hui Yin se com­pleta no chakra da raiz, o Ki Terrestre se dirige para cima, ao Hara ou chakra do Tan Tien. O canal de movimento ascendente (Vaso Governador, pelas costas) se fecha quando se coloca a língua no céu da boca de tal forma que a energia não sai do corpo pelo chakra da coroa. O Ki Celeste, movimentando-se para baixo (pelo Vaso da Concepção, pela frente), da mesma forma estaciona no Hara, sem poder mover-se através do Hui Yin e sair pêlos pés. Sem ter para onde ir, a energia do Ki muito elevada sai do corpo pelas mãos, impulsionando os símbolos para dentro da aura do receptor.
O efeito é o de mover o Ki dos canais internos do Mestre (para cima e para baixo, através do Vaso da Concepção e do Vaso Governador) para o único canal da Linha do Hara. Isso é equivalente à mudança de corrente elétrica alternada para contínua. O Mestre em Reiki conserva esse fluxo dentro do corpo, no qual a energia parece perfazer um oito, o símbolo egípcio do infinito. A energia é quente e viva e o raio do Raku é preso no interior do corpo. Os exercícios do Reiki II são formulados com o objetivo de exercitar o corpo do Mestre para manipular grande quantidade de Ki, mas, ao aprender a fazer iniciações, ele ainda deve se adaptar. Quanto mais energia ele puder canalizar, mais poderoso será o efeito de suas iniciações nos outros.
Para mim, é durante a iniciação que os guias do Reiki se fazem sentir mais presentes. Eles se colocam atrás de mim e dirigem todo o processo; e eu presumo que também façam isso com todos os Mestres em Reiki. Quando faço iniciações, sinto constantemente a presença desses guias. Às vezes eu consigo vê-los. Se, ao traçar os símbolos, desenho uma linha fora de lugar, eles a corrigem e me dizem para continuar. Se cometo um engano, eles dizem: "Nós corrigimos", : assim o fazem. Psiquicamente observo as formas energéticas dos símbolos se alterarem . Todo contato com o Reiki se transforma num ritual de grande beleza. Sempre digo que para mim o Reiki continua a ser novo e milagroso.
As gravações das sessões de canalização com Suzanne Wagner afirmam que todas as versões do Hon-Sha-Ze-Sho-Nen que temos no Ocidente são incorretas. Quando se pergunta aos Mestres em Reiki que participam da sessão como se pode encontrar o símbolo correto, eles dizem que isso não importa. O símbolo correto está numa biblioteca no Tibet ou na India. Quando se pergunta o que fazer, eles respon­dem: "Escolha um — nós o corrigimos." Durante a iniciação, os símbolos se movi­mentam muito rapidamente para serem definidos com exatidão, mas algo ocorre com o que é tirado. Eles se transformam em algo ligeira mas definitivamente diferente. Eles não ficam estáticos nem se conservam em duas dimensões como aparecem no papel, mas se movem tridimensionalme. Desenvolvem profundidade, cor, movi­mento, pulsação. Os guias do Reiki alteram os desenhos e "os corrigem" para que funcionem. Eles desejam tanto que o Reiki seja devolvido às pessoas deste planeta que fazem isso por nós.
Qualquer pessoa que queira transmitir o Reiki aos outros recebe toda a ajuda necessária.
Também já tentei realizar iniciações no plano astral, durante uma cura a distância. A pessoa com quem tentei isso estava fortemente ligada a mim neste plano, de tal forma que podia vê-la e tocá-la. Perguntei-lhe se queria, e a vi sentar-se à minha frente. Então, ministrei a iniciação como se estivesse fisicamente presente, embora ela estivesse a 600 kilometros de distância. O resultado foi verdadeiramente fantástico. Observei nitidamente os símbolos entrarem pelo chakra da coroa e moverem-se pela aura, cuja cor se tornou violeta. A mulher ficou envolvida por uma energia dourada e metálica, que parecia irradiar-se longe o bastante para iluminar toda a sala. Ela permaneceu assim nas noites seguintes em que me liguei astralmente com ela. Quando houver a possibilidade de transmitir-lhe o Reiki de corpo presente, ela estará fami­liarizada com a energia.
Quando se faz a iniciação no Reiki II, acontece o mesmo. O agente de cura do nível I atinge um grau de abertura da Linha do Hara, e é assim que o Secundo Grau se manifesta. Diz-se que o nível de energia no Reiki II é matematicamente elevado à segunda potência. Novamente, o aluno passa por um período de adaptação, à medida que aumenta sua capacidade de canalizar o Ki. No Reiki III, o nível de energia se expande novamente, a partir do ponto atingido no Reiki II. O processo é semelhante ao Reiki I e II, num nível energético mais expandido, pois o curador pode manipular uma maior quantidade de energia..
Esses períodos de adaptação são a causa da reação de desintoxicação que alguns agentes de cura sentem depois de receber as iniciações. Se há bloqueios energéticos nos chakras, na Linha do Hara, ou na capacidade para canalizar o Ki, eles se dissol­vem pela energia das iniciações. Essa dissolução causa reações. Se os bloqueios são eliminados do corpo etérico, as reações são físicas — diarréia, coriza, inapetência por alguns dias, ou dor de cabeça. Isso é mais freqüente no Reiki I. Se os bloqueios se deslocam dos níveis emocional ou mental, a desintoxicação também ocorre nesses níveis. Essa é a desintoxicação que ocorre no Reiki II, e pode demorar vários meses, causando o desenvolvimento e as mudanças de vida.
Alterações no corpo espiritual ocorrem no Terceiro Grau. Na maior parte das vezes, não se manifestam como desintoxicação, mas na forma de um autoconhecimento cada vez maior, e uma impressão de comunhão e união com o Universo. Para a maioria dos alunos, a reação mais freqüente no Reiki III é a alegria pura. A puri­ficação já ocorreu. Às vezes, o novo aluno de Reiki III necessita de mais horas de sono durante os dias subseqüentes, à medida que seus níveis energéticos e corpos vibracionais se reajustam para se adaptar à expansão da energia.
Ao tornar-se Mestre, comece a fazer iniciações para uma pessoa de cada vez. Leva certo tempo e exige experiência, às vezes vários meses, até que se consiga desenvolver o músculo e o controle de respiração exigidos; portanto, comece devagar. Não inicie os cursos enquanto não tiver aprendido corretamente a forma de fazer a iniciação. O primeiro grupo deve ser pequeno — no máximo, cinco pessoas; aumente o número delas à medida que se tornar mais forte. Para mim, depois de vários anos de experiência, creio que vinte é o número adequado.
Se a pessoa for capaz de usar o Reiki I para se curar, isso será ótimo, mas a iniciação, em si, já é uma grande cura. Não importa que essas pessoas não se tornem agentes de cura, embora algum dia talvez o sejam. O que importa é a cura e o grande benefício que uma iniciação proporciona no momento em que tanto se necessita. Tenho feito isso com bebes e animais. É fan­tástico sentir as mãos dos bebes se aquecerem.
Frequentemente, os alunos que já passaram por minhas instruções voltaram ape­nas para repetir as iniciações. Isso não é necessário, pois as iniciações se fixam para sempre; mas a sensação é tão maravilhosa que eu não os desencorajo. Também é perfeitamente correto que um novo aluno de Reiki III pratique o modo de fazer as iniciações, e eu os estimulo a fazê-lo. Nada no Reiki, e certamente no processo iniciático, pode prejudicar alguém. Quando ensino o Terceiro Grau a um grupo, peço que se reúnam e pratiquem uns nos outros, em familiares ou em amigos. Não existe perigo de ocorrer uma sobrecarga energética quando se fazem diversas iniciações para a mesma pessoa — elas aceitam a energia no mesmo grau em que a Linha do Hara a tolera. É muito compensador verificar que alguém que recebeu a iniciação se abriu à energia, especialmente nas primeiras vezes em que isso ocorre.
Ao começar a realizar iniciações em Reiki, inicie pelo Reiki I. Depois de ter dado várias instruções e sentir-se completamente à vontade com o processo iniciático do Primeiro Grau, passe ao Reiki II. Siga adiante só quando sentir que pode lidar bem com qualquer problema relacionado com o Primeiro Grau. O ensino do Reiki já é a sala de aula do Mestre em Reiki, contudo convém começar pêlos ensinamentos básicos e depois passar aos estágios avançados. A melhor maneira de se preparar para as instruções do Reiki é fazer tanto o trabalho de cura direta como a distância o quanto mais possível, e praticar o processo iniciático. Conhecendo o Reiki profun­damente, você se prepara para ensiná-lo aos outros. Há mais informações sobre como ensinar o Reiki no próximo capítulo.
Uma maneira simples, de especial ajuda aos novos Mestres, é perguntar. Depois de fazer a iniciação a todos no grupo, pergunte o que viram ou o que sentiram. Se alguém não quiser falar, não insista. Depois de uma ou duas pessoas terem se ma­nifestado, outras, em geral, fazem o mesmo. Diga a elas que fiquem alertas para sensações sutis, em vez de esperarem grandes acontecimentos; e, quando compreen­derem que algo aconteceu, poderão querer participar da discussão. Ao descreverem o que se passou, você saberá que elas se abriram à energia. As pessoas descrevem uma grande variedade de sensações, particularmente no Reiki I.
De vez em quando, um entre 25 ou 30 alunos diz que não sentiu nada. Primei­ramente, peça para sentir as mãos da pessoa — se elas estiverem quentes, ela defi­nitivamente se abriu à energia, quer ela compreenda ou não. Pergunte o que ela sentiu ou viu durante a iniciação — alguns alunos esperam acontecimentos grandiosos, em vez de sensações sutis, de quietude. Em geral, quase todos os problemas são resol­vidos dessa forma. Se as mãos continuarem frias e o aluno não sentiu nada durante a iniciação, pergunte se ele tem alguma dúvida em relação à energia ou à cura. Os alunos que tiveram educação fundamentalista, embora possam tê-la rejeitado, podem ter dificuldade ou medo de aceitar a cura psíquica.
Se for esse o caso, pergunte se ele quer se abrir à energia e assegure-lhe que a escolha é dele. Diga-lhe que, se ele quiser, poderá fazer a cura em alguém. Nós sempre fazemos isso depois de realizar as iniciações. Pergunte-lhe o que se passa então. Diga-lhe que, se optar por se abrir à energia, que medite e peça por ela e, se decidir não recebê-la, os símbolos permanecerão em sua aura por poucas semanas e se dissiparão. Se decidir mais tarde ter essa energia, só terá de meditar e pedir por ela.
Antes de descrever o processo iniciático, é necessária a esta altura uma re­flexão sobre as iniciações. A palavra "iniciação" também significa sintonização. E essa palavra, em sânscrito, significa "fortalecimento". O Reiki dá forças a quem quer que o receba e também ao Mestre que o difunde. Um instrutor de Reiki é chamado de "Mestre", mas o termo não tem a conotação de alguém que tem "poder sobre outrem", nem de hierarquia. O Mestre é simplesmente um ins­trutor. Se alguma honra acompanha o título, é a de ter o Reiki em si. Recebendo as instruções e iniciações de um Mestre, o aluno pode chegar até o Terceiro Grau do Reiki, mas é através do seu compromisso e empenho que um Reiki III se transforma num Mestre. Nenhum instrutor pode torná-lo um Mestre — o aluno só pode se tornar um Mestre depois de passar pelas iniciações e ensinar o Reiki I com sucesso.
Na Índia e no Tibet, um guru Vajrayana (Mestre/Instrutor de Budismo Tântrico), é honrado por fazer parte de uma linha de adeptos que se estende a Sidarta Gautama, o Buda, ou nele tem sua origem. Na Índia, um guru assume essa responsabilidade seriamente, sem egocentrismo e sem violar a confiança que existe entre aluno e instrutor. Atualmente, o Mestre em Reiki também se enquadra numa linhagem que passa por Hawayo Takata, por Jesus e por Buda Sakyamuni, e tem origem em Shiva e nas estrelas.
Os alunos e Mestres em Reiki Tradicional também seguem uma linha de ensi­namentos. O aluno identifica seu status dentro do Reiki pelo de seu instrutor e pelo instrutor do seu instrutor e por sua relação com Takata. O aluno foi .treinado pelo Mestre A, que foi treinado pelo Mestre B, que foi treinado pelo Mestre C — até chegar na sra. Takata, que foi treinada por Chujiro Hayashi, que foi treinado por Mikao Usui. Essa é a linhagem do estudante. Estudantes e Mestres ern Reiki não-Tradicional dão menos ênfase à linhagem que os praticantes Tradicionais. O que realmente importa no Reiki não-Tradicional é que o aluno ou Mestre receba o trei­namento; não importa de quem. Um Mestre de qualquer linhagem tem como principal responsabilidade a prática do Reiki e sua disseminação através do ensino, e isso é o que importa.
No Budismo Tântrico existem muitos níveis de iniciação. O termo em sânscrito é "abhiseka"; em tibetano é "wong". Na Índia, diz-se que a pessoa recebo "Shaktipat". O processo iniciático é um sacramento, e eu suspeito que as iniciações em Reiki ou budistas tenham dado origem aos sacramentos do Cristianismo e, talvez, a todos os ritos de passagem. Ao receber a abhiseka — uma iniciação ou fortalecimento — poderes sagrados entram no corpo e aí permanecem. No Budismo Tântrico Vajrayana, uma iniciação sempre precede o início de um nível de ensinamento. Os quatro níveis do fortalecimento budista refletem exatamente os três graus do Reiki.
As três primeiras iniciações budistas acabam com os bloqueios kármicos, a quarta cura a consciência.

As quatro iniciações oferecem as seguintes expansões do Ki:

1) Abertura de bloqueios energéticos;

2) Aumento de poder;

3) Acesso a novas instruções;

4) Permissão ao aluno de praticar certos processos ou rituais.

Esses quatro benefícios também são trazidos com as iniciações Reiki, cada grau elevando a um nível mais complexo. As quatro iniciações são as seguintes:


1. O Fortalecimento do Vaso limpa os canais psíquicos e o corpo físico de obstruções kármicas. Permite ao aluno visualizar certas divindades (Deuses). Outros benefícios são mantidos em segredo.


2. O Fortalecimento místico abre o fluxo do Ki e o poder da palavra dá eficácia aos mantras. Novamente, existem outros benefícios secretos.


3. O Fortalecimento do Conhecimento Divino purifica o corpo mental e permite a prática da Hatha Ioga, além de outras coisas.


4. O Fortalecimento Absoluto leva ao reconhecimento da verdadeira essência espiritual e à experiência direta do que, até então, era um conhecimento apenas simbólico. Esse fortalecimento permite o estudo da Atiioga e "tem resultados místicos profundos"


Comparo o primeiro fortalecimento budista à iniciação em Reiki I: ele abre os canais do Hara e purifica a pessoa no nível do corpo físico. Os Fortalecimentos Místico e Divino correspondem ao Reiki II; os símbolos correspondem ao poder da palavra, como os bijas são as formas simbólicas escritas dos sons. Os corpos mental e emocional são purificados, e os exercícios de Hatha Ioga correspondem aos exer­cícios de Ki. O Fortalecimento Absoluto corresponde ao Terceiro Grau do Reiki. Ele vai direto à essência espiritual, ao corpo espiritual e promove a compreensão de todo o processo. "Resultados místicos profundos" são uma boa descrição do que ocorre depois de receber o Reiki III. O aluno que se transforma num Mestre em Reiki passa por profundas transformações em sua vida.
Assim como tudo no Reiki, o processo para fazer as iniciações é extremamente simples. Envolve uma série de movimentos do corpo físico que, quando feitos em certa seqüência, têm efeitos espirituais duradouros de transformação. O Mestre / Ins­trutor não precisa se preocupar com o que ocorre durante o processo. Só precisa executar a seqüência correta. Coisas muito complexas ocorrem durante a iniciação em Reiki, mas o Mestre nem precisa saber o que são. Ele apenas realiza a iniciação. Os guias e a energia Reiki tomam conta de tudo o que se segue.
Para realizar qualquer iniciação, o Mestre deve ser capaz de manter a posição Hui Yin, com a língua tocando o céu da boca durante todo o processo. Deve segurar a respiração, enquanto não assopra e, ao fazê-lo, a língua fica no céu da boca — ele assopra em torno dela. Depois de assoprar, deve respirar profundamente de novo. Ao assoprar, transmite-se o Ki, e a primeira definição do Ki é "sopro vital". Ao fazer várias iniciações de uma só vez, é permitido respirar normalmente e deixar de lado o Hui Yin entre um estudante e outro. Entretanto, pode ser mais fácil manter o Hui Yin preso até que todas as iniciações sejam realizadas. Lembre-se de liberá-lo ao terminar, e integre-se. Ligue-se de novo à Terra e faça a Órbita Microcósmica, para que o Ki circule novamente e restabeleça o fluxo de energia normal do corpo.
Para receber a iniciação, o aluno senta-se numa cadeira, com as costas retas e os pés no chão. Pode tirar o sapato se quiser. A energia de alguns Mestres em Reiki é tão forte que eles chegam a quebrar relógios durante as iniciações. Se você for um desses Mestres, peça ao aluno que o tire, e tire o seu também.

3 comentários:

  1. obrigada pelos esclarecimentos.
    Sou muito grata
    Lou Fernandes

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  2. Muito Bom! Você destacou aspectos bem preponderantes.Sou servidora em Rei-Ki(assim prefiro destacar),pois "Palavra Mestre",a mim significa aquele que busca Servir, com determinação,compromisso, e muito AMOR.Gratidão .Fico ao dispor

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  3. Gratidão pelos ensinamentos.
    este blog está me ajudando muito no meu processo de estudos e pesquisa. entendo que para sermos bons Mestres precisamos de conhecimento.
    Gratidão!

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